De repente, aquele vazio.
Aquela reflexo que nao deveria ser voce.
Aquelas formas. Cores.
Tudo parece fora de lugar.
Sera o angulo? A luz?
Como pode algo vazio inchar assim?
Nao é ego.
Ego vou como balao de ar desamarrado.
Como se amar fosse tao facil,
ainda pior essa sombra de qualquer beleza
que juventude leva ao passar.
E todos os olhos se viram, pra outros lados
Ainda mais rapidos que os teus ao se esgueirar
pra fora daquele reflexo no espelho.
E pra fora desse peito vazio.
Vazio de quem ta la e de quem nao quer mais entrar.
Palavras parecem so palavras.
Imagens, so mais uma.
Cheiros nao ficam no ar.
Ideias cada vez mais escassas.
A a certeza de que nao foi de repente.
Ou foi, mas la faz tempo.
Hoje, é o momento de realidade que chega.
A ficha que cai. E ecoa o vazio que ficou quando todos se retiraram.
Tao vazio que o eco se esvai. Ate o proximo.
Les Mots Cachés
Monday, July 14, 2014
Sunday, July 7, 2013
Wednesday, February 6, 2013
Holofote Fugaz
Que basta se queres esconder?
A vida aparece. O eu aparece.
Cada canto empoeirado da alma. Sob holofotes.
Por segundos que seja.
E tantas vezes meus olhos estão logo ali. Correndo por aquele canto.
Que me basta não querer ver?!
Acabo sempre com a visão nos cantos sujos.
Fosse só sujeira. Mas a mentira também. E distância.
E tudo repetido. Mudam os endereços. Virtuais ou não.
Mas eles nunca jamais procuram meu código postal.
Apenas para cartas de um amor declarado pras massas.
E o resto é um raso filme de romance. Daqueles que te fazem pensar por 90 minutos que é feliz.
Não faço idéia alguma se ainda sabes quem és.
Nem eu. Digo, de você. De mim, sei.
De mim, descobri que aquela descoberta de que valia deixar os conceitos de lado
procurar novos rumos, que o extraordinariamente bom seria possivel...
...descobri que era ilusão mesmo. Que muita coisa eu já sabia. Tava certa.
Não do eu que se esconde. Mas da vida como se segue.
E dela não consigo mais partir para outra.
Porque cada vez que tento,
passa uma luz de holofote pelos meus olhos.
Apontando o que eu virei o rosto para não ver nunca mais.
Mas tá lá. Num tem jeito. Nem fechando os olhos.
Porque quem enxerga não consegue viver na cegueira completa.
E eu,
eu fico tentando evitar. Mas ele passa. Rapido e fugaz. Mas passa.
E cada vez eu fecho os olhos com mais força,
mas as memórias vem mostrar que não adianta mais.
Se é que algum dia isso foi solução.
Eu,
eu quero amar alguém que não precise se esconder de mim.
E ser amada por quem não me precise como fachada pra si mesmo.
Eu queria que fosse você. Mas não tem sentido que ainda sustente isso.
Uma vontade que num existe. Não de mim. Infelizmente.
Eu queria que não fosses quem vou culpar por destruir meus sonhos.
Mas foi. É.
Não faz idéia de como. Quanto.
Destruiu tudo. Sobrou uma carcaça de mim que estou mantendo para me manter de pé.
E planejar uma fuga. Do eu que ainda te ama. Antes que me arranque os olhos.
Pois o coração já sucumbiu de vez.
E estou eu culpando o mundo. Os deuses. Praguejando. Porque sou assim? A unica idiota que ainda achava que aquilo tudo podia existir. E pior...comigo e para mim.
Sunday, September 2, 2012
Fim
Hoje, foi o fim de tudo. Ou quase.
Nao quase o fim. Mas o fim de quase tudo.
A vontade mostrou-se ausente.
Nem dissimulacao disfarçou
as musicas que j'a nao mais lembram a mim.
Sinto, enfim, o peso da razao
do corpo pesar so pensar buscar papel e caneta
pra escrever quaisquer versos.
Belos, hoje, pensei. Inspirado pelas lendas de ontem.
Pelos sonhos que nada tem a ver contigo.
Mas esses fogem e nao retornam.
Ficam e voltam apenas aqueles meus tormentos.
Os mesmos que nao consigo definir.
O corpo pesa.
A mente nubla.
O estomago gira.
E queima. Queima minh'alma como louco no inferno.
Aquele violao dedilhado a esmo
foram facadas no que restou de mim
Foi ponto
final. nao paragrafo.
Foi fim. De qualquer anseio esperançoso.
Fim.
Mesmo sem pode dizer se
o sonho que inspirou deixou de expirar.
Pra que esperar saber se
qualquer jeito foi-se. Fim.
Adeus quimera em mim.
Nao quase o fim. Mas o fim de quase tudo.
A vontade mostrou-se ausente.
Nem dissimulacao disfarçou
as musicas que j'a nao mais lembram a mim.
Sinto, enfim, o peso da razao
do corpo pesar so pensar buscar papel e caneta
pra escrever quaisquer versos.
Belos, hoje, pensei. Inspirado pelas lendas de ontem.
Pelos sonhos que nada tem a ver contigo.
Mas esses fogem e nao retornam.
Ficam e voltam apenas aqueles meus tormentos.
Os mesmos que nao consigo definir.
O corpo pesa.
A mente nubla.
O estomago gira.
E queima. Queima minh'alma como louco no inferno.
Aquele violao dedilhado a esmo
foram facadas no que restou de mim
Foi ponto
final. nao paragrafo.
Foi fim. De qualquer anseio esperançoso.
Fim.
Mesmo sem pode dizer se
o sonho que inspirou deixou de expirar.
Pra que esperar saber se
qualquer jeito foi-se. Fim.
Adeus quimera em mim.
Tuesday, August 21, 2012
Fogueira. Sem vaidade.
Bosta de peito que queima com ódio e nao com amor.
E o peito responde à cabeça, que queima do amor que ela não soube cuidar.
Cuidar que fosse verdadeiro. Mas se até os olhos estiveram inebriados...
Olhos, derreteram-se por tanto mais. Agora, só se querem fechar de decepção.
E tédio. Quem diria. Quanto tédio.
De que importa. Importa que aperta, queima, rumina, finge dar folga e a retomada é faminta.
Sufoca. Ameaçar gritar, só piora.
Como exterminar isso do peito? E da mente?
Sofrem. Transbordam fel.
Inferno. Astral. Carnal. Mental.
Parece que a raiva alimenta um oscilador.
Ao decair a onda de ódio que reverbera no ser, renova-se o pulso. E mais, e mais.
Nao podia ser tudo um mal entendido mesmo?
Mesmo nao fosse.
Nao lhe importaria em tentar conversar se lhe importasse?
Contigo.
Em lhe olhar que fosse.
Em lhe ouvir que fosse.
Foi-se.
Acho que foi-se todo meu desejo.
De mim.
De qualquer um.
De qualquer lugar.
De qualquer coisa.
Mas não foi qualquer coisa que se foi.
Essas ficaram. Pra me atormentar.
Pra me deixar na fogueira dentro de mim.
E ver o reflexo do estrago ao me olhar.
E o peito responde à cabeça, que queima do amor que ela não soube cuidar.
Cuidar que fosse verdadeiro. Mas se até os olhos estiveram inebriados...
Olhos, derreteram-se por tanto mais. Agora, só se querem fechar de decepção.
E tédio. Quem diria. Quanto tédio.
De que importa. Importa que aperta, queima, rumina, finge dar folga e a retomada é faminta.
Sufoca. Ameaçar gritar, só piora.
Como exterminar isso do peito? E da mente?
Sofrem. Transbordam fel.
Inferno. Astral. Carnal. Mental.
Parece que a raiva alimenta um oscilador.
Ao decair a onda de ódio que reverbera no ser, renova-se o pulso. E mais, e mais.
Nao podia ser tudo um mal entendido mesmo?
Mesmo nao fosse.
Nao lhe importaria em tentar conversar se lhe importasse?
Contigo.
Em lhe olhar que fosse.
Em lhe ouvir que fosse.
Foi-se.
Acho que foi-se todo meu desejo.
De mim.
De qualquer um.
De qualquer lugar.
De qualquer coisa.
Mas não foi qualquer coisa que se foi.
Essas ficaram. Pra me atormentar.
Pra me deixar na fogueira dentro de mim.
E ver o reflexo do estrago ao me olhar.
Linha do Tempo
Hoje, mexendo na linha do tempo,
Reparei que ela puiu
Sujou,
Percebi que resgatei passado que vai longe
Enroscou presente
Deu nó pro futuro
Falta inspiração e talento
Mas nao falta, aqui no peito,
Certeza que nao quero levar
Fui desatar nó e acabei presa
Desfiando desejos que nem notava carregar
Desfiando como rosário
Lamentando só lamentar
Nós se apertam
Afrouxam-se os laços
Nem sei mais que é amar
Pois que amor é espaço
Mais de peito tão vazio,
nem assim consigo voar
Que um dia esse ninho
me sirva ao cansar de planar
Nem que seja de rede
Companhia inanimada pro fundo do mar
Reparei que ela puiu
Sujou,
Percebi que resgatei passado que vai longe
Enroscou presente
Deu nó pro futuro
Falta inspiração e talento
Mas nao falta, aqui no peito,
Certeza que nao quero levar
Fui desatar nó e acabei presa
Desfiando desejos que nem notava carregar
Desfiando como rosário
Lamentando só lamentar
Nós se apertam
Afrouxam-se os laços
Nem sei mais que é amar
Pois que amor é espaço
Mais de peito tão vazio,
nem assim consigo voar
Que um dia esse ninho
me sirva ao cansar de planar
Nem que seja de rede
Companhia inanimada pro fundo do mar
Night and Day
Cada vez mais tortuosas noites. E, dias.
O carinho consolaçao por vezes ameniza o momento. Por outras, so torna tudo pior.
O silencio cresce a vontade de gritar tudo que nao quer sequer repetir pra si. Quao obvia.
Vicio circular. Nem a musica desacelara a rotaçao.
Como uma besta a lutar dentro de si. Crece no escuro. Uma hora acha a chave. Quebra a fechadura. Algum jeito.
E de qualquer jeito vai lhe arrebentar o peito. Aquele ja esmagado, cominuido, e, ainda assim, tao vazio.
So resta tentar, mais uma noite, buscar com que sonhar enquanto a cela segura. Nao ha seguranca qualquer. Todavia, quem sabe ela aproveite e escape de si antes da cela sucumbir à besta.
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