Bosta de peito que queima com ódio e nao com amor.
E o peito responde à cabeça, que queima do amor que ela não soube cuidar.
Cuidar que fosse verdadeiro. Mas se até os olhos estiveram inebriados...
Olhos, derreteram-se por tanto mais. Agora, só se querem fechar de decepção.
E tédio. Quem diria. Quanto tédio.
De que importa. Importa que aperta, queima, rumina, finge dar folga e a retomada é faminta.
Sufoca. Ameaçar gritar, só piora.
Como exterminar isso do peito? E da mente?
Sofrem. Transbordam fel.
Inferno. Astral. Carnal. Mental.
Parece que a raiva alimenta um oscilador.
Ao decair a onda de ódio que reverbera no ser, renova-se o pulso. E mais, e mais.
Nao podia ser tudo um mal entendido mesmo?
Mesmo nao fosse.
Nao lhe importaria em tentar conversar se lhe importasse?
Contigo.
Em lhe olhar que fosse.
Em lhe ouvir que fosse.
Foi-se.
Acho que foi-se todo meu desejo.
De mim.
De qualquer um.
De qualquer lugar.
De qualquer coisa.
Mas não foi qualquer coisa que se foi.
Essas ficaram. Pra me atormentar.
Pra me deixar na fogueira dentro de mim.
E ver o reflexo do estrago ao me olhar.
Tuesday, August 21, 2012
Linha do Tempo
Hoje, mexendo na linha do tempo,
Reparei que ela puiu
Sujou,
Percebi que resgatei passado que vai longe
Enroscou presente
Deu nó pro futuro
Falta inspiração e talento
Mas nao falta, aqui no peito,
Certeza que nao quero levar
Fui desatar nó e acabei presa
Desfiando desejos que nem notava carregar
Desfiando como rosário
Lamentando só lamentar
Nós se apertam
Afrouxam-se os laços
Nem sei mais que é amar
Pois que amor é espaço
Mais de peito tão vazio,
nem assim consigo voar
Que um dia esse ninho
me sirva ao cansar de planar
Nem que seja de rede
Companhia inanimada pro fundo do mar
Reparei que ela puiu
Sujou,
Percebi que resgatei passado que vai longe
Enroscou presente
Deu nó pro futuro
Falta inspiração e talento
Mas nao falta, aqui no peito,
Certeza que nao quero levar
Fui desatar nó e acabei presa
Desfiando desejos que nem notava carregar
Desfiando como rosário
Lamentando só lamentar
Nós se apertam
Afrouxam-se os laços
Nem sei mais que é amar
Pois que amor é espaço
Mais de peito tão vazio,
nem assim consigo voar
Que um dia esse ninho
me sirva ao cansar de planar
Nem que seja de rede
Companhia inanimada pro fundo do mar
Night and Day
Cada vez mais tortuosas noites. E, dias.
O carinho consolaçao por vezes ameniza o momento. Por outras, so torna tudo pior.
O silencio cresce a vontade de gritar tudo que nao quer sequer repetir pra si. Quao obvia.
Vicio circular. Nem a musica desacelara a rotaçao.
Como uma besta a lutar dentro de si. Crece no escuro. Uma hora acha a chave. Quebra a fechadura. Algum jeito.
E de qualquer jeito vai lhe arrebentar o peito. Aquele ja esmagado, cominuido, e, ainda assim, tao vazio.
So resta tentar, mais uma noite, buscar com que sonhar enquanto a cela segura. Nao ha seguranca qualquer. Todavia, quem sabe ela aproveite e escape de si antes da cela sucumbir à besta.
Perspectiva
Perspectiva. Achava nao poder ser mais distorcida.
Vendo sob outra perspectiva. Singela. Do nivel dos pés. Levantados na pontinha, os da outra. Os dele, bem plantados. Os meus, sem chão.
Olhando debaixo depois de bater a cabeça.
E nem é dor, que a raiva continua maior.
Vendo sob outra perspectiva. Singela. Do nivel dos pés. Levantados na pontinha, os da outra. Os dele, bem plantados. Os meus, sem chão.
Olhando debaixo depois de bater a cabeça.
E nem é dor, que a raiva continua maior.
maldito carderninho
Subscribe to:
Posts (Atom)