Thursday, June 14, 2012

Descobertas?

Talvez a mesma pergunta esteja se fazendo por aí,
fugindo das suas gavetas que não são do nada.
"Que houve com aquele cara que eu conheci?"
Sobre si mesmo e/ou sobre mim.
Os dois me pergunto. Em tempos diferentes.
Conheci era brisa, era olhar com sol baixo ofuscando?
Ou mudança mesmo percebida em tarde chuvosa?

Foi o eu que conheceu que causou isso?
Que conheceu lá ou depois?
Ou foi o eu tornado depois das mudanças atmosféricas?
Ou desculpa só pro que houve, e que seria mesmo assim. Era ja conhecido. Menos pra mim.

Sabe, rimas não ajudam. Nem atrapalham.
São só alegoria. Às vezes, demais. Que nem sempre alegoria tras alegria, embora quase rimem e, muitas vezes, complementem-se bem. Tão bem quanto achávamos que seria pelo conhecido, mas pelo jeito era mesmo o sol. Será que ele nasce de novo e consegue fugir das nuvens? Ou quem sabe nós estarmos de novo por cima delas? Ruim é a queda quando fica noite e bate um vento. A última vez ainda tá doendo, sabe?
É, acho que não, sabe.




Wednesday, June 13, 2012

Às avessas

Será que sou o oposto de tudo que você conheceu?!
Porque você é quase o avesso do que eu conheci. Não pro mundo, mas pra mim.

Monday, June 11, 2012

Lendas

Isso é um conto de fadas. Sim, um livro de lendas. Que como todo livro assim, tem seus protagonistas virtuosos e as bruxas más. E nada é o que parece ser. Nem sempre a bruxa é nariguda. A nariguda pode ser a mocinha. Nem sempre a bruxa é velha e feia. Muitas vezes é só uma menininha egoísta, arrogante e tediosa que se fazendo de poço de fofura e, ora de burra, ora pseudo-intelectual, chamou a atençao de um carinha. Querendo, ambos, alguem pra lhes inflar o ego (e mais alguns esfragacos bem carnais aqui e ali). É, nao existe principe encantado. Nunca acreditei nisso. Mas de repente o caçador poderia ser no fundo um homem..."honrado"? Coerente ao menos? Nada disso. Falastrão. É um canalha egoista comedor de criancinha como todo lobo mau. Ao menos o lobo mostra a cara, as garras e o estrago. O caçador se faz de protetor, mas deixa todo aquele "que" de homen que resolve aparecer. Nao pra sentir-se mais segura a sua companhia. Mas para atrair e abocanhar as jovens bruxas. Esse sempre foi o verdadeiro premio do caçador. As rebarbas, nao a mocinha. A mocinha é a amorosa companhia agradavel e agradecida que permite mostrar como toda aquela força, habilidade e conhecimento pode ser também gentil. Permite mostrar tudo (ou quase tudo) que ele pode produzir e resolver. Mistura explosivamente atrativa, sem precisar sequer apelar pra predicados mais materiais (nesse primeiro momento). A bruxa quer ser mais que as outras bruxinhas pendantes como ela. Quer ser a fofa namoradinha de um fulano, mas a puta do caçador. Quer ser o premio mor de caçada que ele pode vislumbrar mas nao exibir. Vez que tacita relacao jamais declarada certamente sera por fim mais notada que manchete de jornal. Entretanto, que nunca lhe manche a fofura, ou, a ele, a imagem construida. Bem construida, com paredes de vidro, por anos a fio. Pra dar mais raiva por ser idiota quem finalmente enxerga la dentro. Mas o vidro é fosco, e a mocinha nao consegue entrar lá pra ver mais de perto o que é ele de verdade. Se eé que existe alguma verdade no mundo. Sao tudo mascaras e construcoes. Estratagemas. Ela nao sabe se insite no caçador que descobriu amar, se se joga pros lobos, se fica só. Se pede pra acabar logo esse jogo. Odeia ser coitada. Deu uma pausa em tudo pra resgatar habilidades, so pra si. E seguir em frente. Seja qual for a trilha pra onde lhe mandarem os dados na proxima jogada. Ate la, aguarda sua vez.

Tuesday, June 5, 2012

Teste de Interpretação

A guarda era tanta em não admitir o que sentia. Acabou impedida de sentir. Quanto mais descrever sinestesia!
Sinergia é o cacete! Lady ou puta, tanto faz. As palavras se foram descolando de cada página dos archeo-anos. Descolaram-se visceralmente dela, deixando as cores todas vermelhas. Um vermelho seco e escuro e amargo, como sabor de manhã com guarda-chuva. Mas não guardavam era de cinza?
Tanto faz. Daltonismo mesmo. Até sabia, as vezes, que as cores tavam lá, mas o cheiro era tão ruim. Era mofo verde que virou vermelho. Era mofo de estar zumbi.

Ele queria algo sujo e crú. Mas não com ela. Não pra mostrar ao mundo. Um mostrar de cara limpa e peito aberto. Não. Só com a mascára pra bem esconder os traços babuínos. E o cheiro, ninguém sente? Ou serve de atrativo?

Sempre apresentada como espelho.
Que espelho? Ela queria vida de verdade! Mas que que isso é? Existe? Conte-me mais...
Nāãão. Ela queria a verdade dita sonho. Mas foi sonho dito verdade.

A propaganda é a alma do negócio!

Ela ainda tá pensando se propaga a notícia. Chances are...ela foi a última a saber. Ou a processar que era aquilo mesmo que ela vira. Interpretação. Por ele. Quase um Oscar. Dela. Se achava preparada pra passar em vestibular. Teve que reler tudo. E de novo. E de novo. Ainda. Mas ainda não consegue bem, ou mal, admitir. E assim, fica impedida. Por onde romper o ciclo? Cega, surda, muda, sem tato. O paladar provou-se podre.
Fungo pensa? No teatro, talvez.


Limite

Antes eu tinha medo do espaço. Infinito.
Agora, tenho medo desse espaço em mim. Menos infinito.

Laranja

Estar só na multidão não era afinal o pior sentimento de solidão. Arrasador é descobrir que sua "cara metade" era isso mesmo. Alguém que te fez pessoa pelo meio, em vez de somar ao teu ser.

So happy

Tem tristeza maior que fingir felicidade pra si mesmo?

VOID

Is it a void? Or just me?