Tuesday, August 21, 2012

Fogueira. Sem vaidade.

Bosta de peito que queima com ódio e nao com amor.
E o peito responde à cabeça, que queima do amor que ela não soube cuidar.
Cuidar que fosse verdadeiro. Mas se até os olhos estiveram inebriados...
Olhos, derreteram-se por tanto mais. Agora, só se querem fechar de decepção.
E tédio. Quem diria. Quanto tédio.
De que importa. Importa que aperta, queima, rumina, finge dar folga e a retomada é faminta.
Sufoca. Ameaçar gritar, só piora.
Como exterminar isso do peito? E da mente?
Sofrem. Transbordam fel.
Inferno. Astral. Carnal. Mental.
Parece que a raiva alimenta um oscilador.
Ao decair a onda de ódio que reverbera no ser, renova-se o pulso. E mais, e mais.
Nao podia ser tudo um mal entendido mesmo?
Mesmo nao fosse.
Nao lhe importaria em tentar conversar se lhe importasse?
Contigo.
Em lhe olhar que fosse.
Em lhe ouvir que fosse.
Foi-se.
Acho que foi-se todo meu desejo.
De mim.
De qualquer um.
De qualquer lugar.
De qualquer coisa.
Mas não foi qualquer coisa que se foi.
Essas ficaram. Pra me atormentar.
Pra me deixar na fogueira dentro de mim.
E ver o reflexo do estrago ao me olhar.

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